Traduzido de um dos slides desse post .
Não existe história sem problemas, afinal de contas, e aquelas que não sabem dosar bem a dose de conflito terminam ou entediantes ou muito “cheias”, o que faz o leitor perder a vontade de acompanhar o que está acontecendo.
Sem mais delongas, continue lendo:
- Dê dois objetivos ao seu protagonista. Ele deve sacrificar um para alcançar o outro. Isso cria muita tensão na história, e é muito bom para desenvolver personagens. O que ele acabar escolhendo revela bastante sobre ele e, é claro, o próprio ato de escolher o torna um personagem ativo, que faz a história acontecer ao invés de simplesmente esperar as coisas caírem no seu colo.
- A Lei de Murphy. Tudo que pode dar errado, vai dar errado. Essa dica é interessante por um motivo: coisas fáceis nos entediam. Se seu personagem conseguir vencer/alcançar objetivo sendo que várias e várias coisas podiam dar errado e não deram, seu leitor pode acabar um tanto chateado, já que isso quer dizer que o personagem ganhou por pura sorte.
- Os defeitos dos seus personagens devem ser uma barreira entre eles e seus objetivos. personagens com defeitos que nunca influenciam a história correm um risco muito grande de acabarem como Mary Sues/Gary Stus, além de tornarem a coisa toda um tanto fantasiosa demais.
- Coloque “lados ruins” em todos os objetos mágicos ou científicos. Deixe esses “lados ruins” afetarem seu personagem negativamente. Isso é essencial para evitar deus ex machinas, por exemplo, e também para impedir que as coisas fiquem fáceis demais, já que coisas fáceis = escolhas fáceis = tédio.
- Deixe as decisões que seus personagens fazem serem causa direta de conflito, mesmo que eles tenham acreditado que essa decisão traria benefícios. É sobre o que falei lá em cima: sem conflito uma história não funciona, e quanto mais ativos os personagens melhor. Conflito gerado pelo próprio personagem, portanto, é sempre uma ótima coisa.
- Seus personagens devem errar de vez em quando. Novamente, personagens que sempre conseguem tudo são chatos porque a história fica sem tensão e os conflitos acabam bem rasos e sem importância, então tê-los cometendo erros é bem mais interessante, para não dizer verossímil.
- Quando diante de duas escolhas, ambas devem ter consequências positivas e negativas. Se uma escolha tiver todas as consequências ruins e a outra todas as boas, isso na verdade não é escolha alguma. Vejo muito isso quando autores tentam criar tensão ao fazer os personagens decidirem algo muito importante, mas a coisa toda acaba arruinada porque é fácil demais. É como oferecer um caminho cheio de espinhos e um todo pavimentado e fazer o personagem ficar indeciso; é óbvio que o todo pavimentado é melhor, então cadê a tensão e o conflito?
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