DICAS: NÍVEIS DE PERSONAGENS: PRIMÁRIO, SEGUNDÁRIO E TERCIÁRIO



(foi tirado e traduzido deste site: Go Into The Story)

Como acontece com muitas coisas sobre roteirismo que ficam girando em minha cabeça, eu não sei a origem exata dessa ideia. Há uma boa chance de eu mesmo tê-la criado.

Eu trabalho a partir da hipótese de que existem três níveis de personagens em um roteiro: Primário, Secundário e Terciário.

Primário: Os personagens principais. 
Secundário: Personagens recorrentes que são de menor importância. 
Terciário: Personagens que aparecem em uma, talvez duas cenas para um propósito específico, limitado.

Esta delineação de papéis se correlaciona aos nomes dos personagens (o modo como nos referimos a eles na descrição de cena e no cabeçalho de seus diálogos):

Primário: Primeiro Nome. 
Secundário: Sobrenome. 
Terciário: Título genérico (por exemplo, Guarda-Costas nº 1, Homem Gordo, Espectador Enlouquecido).

Uma vez que os Personagens primários aparecem na maioria das cenas de um roteiro, e uma de suas metas seja criar pelo menos algum tipo de conexão emocional entre eles e o seu leitor, o método padrão é atribuir primeiros nomes a eles, uma pequena forma de engendrar uma sensação de intimidade.

Aviso: Isto não se refere a personagens aos quais o escritor quer dar um ar de autoridade. Por exemplo, personagens-Nêmese. O que parece mais assustador: POTTER ou HENRY? GRUBER ou HANS? VADER ou DARTH? Ou heróis de ação. Qual deles é maior que a vida: JOHN ou RAMBO? MARTIN ou RIGGS? JAMES ou BOND?

Como uma forma de ajudar o leitor a distinguir os personagens Primários e Secundários, eu uso sobrenomes para os últimos. Se eu não preciso estabelecer um nível significativo de intimidade com um personagem que só vai circular por algumas cenas ou por uma subtrama menor, por que desperdiçar um primeiro nome com eles?

E então, há os personagens Terciários. Interpretando peças importantes, mas pequenas, em nossos roteiros, como é a melhor forma de honrá-los? Bem, em vez de TIRA nº 1, por que não TIRA FORTÃO? PUTA nº 3, que tal PUTA DE LYCRA? Em vez do genérico MEMBRO DA MULTIDÃO, talvez DESORDEIRO DESAGRADÁVEL. Esses descritores também tornam a leitura mais colorida, memorável.

Esse é o meu modus operandi. Não está gravado em pedra em lugar algum. E, como eu digo, eu não tenho ideia de onde ele veio. Mas ele fornece uma forma consistente de lidar com nomes de personagens.

Observação Final: Não importa se o seu personagem é Primário, Secundário ou Terciário, ele tem que ser autêntico. Se você tratar até mesmo um personagem Terciário como um cartaz publicitário ou um estereótipo, você perde respeito como escritor, na minha opinião. Todo personagem, não importa o quão pequeno seja o seu papel, merece a sua atenção amorosa. Eles existem dentro do universo da sua história, assim como o seu Protagonista; só acontece de eles aparecerem muito menos em seu enredo. Isso não diminui o fato de eles terem a sua própria experiência de vida e visão de mundo.

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