DICAS: ORGANIZAÇÃO TEXTUAL


Passo a Passo continua e agora iremos falar sobre a Organização Textual que envolve : Narração , Dinamicidade , Descrição e é grandinho pois isso é a metade da alma para criar uma fanfic. Antes de começarem a ler a postagem gostaria de pedir para que comentassem caso isso seje útil para vocês , digo e repito sempre que não é permetido reblogar esse post sem nossa autorização , fique ciente que não foram só pesquisas feitas e sim experiências que tivemos para te ajudar.


                                                 ORGANIZANDO 




  •  Narração:

Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.  Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história.  Tudo depende do tipo de narrador que você representa na e durante a história. No caso, podemos tentar identificar o seu tipo de narrador. Os mais comuns são: Narrador-personagem, narrador-observador e narrador-onisciente. O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa, além como narrador, também como personagem. Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador e do personagem. O tempo verbal(passado ou presente) na narração varia de autor para autor, fica ao seu conforto escolher.

Exemplo de narrador-personagem:

Citar:
"Celestia, minha guia. Como vim parar nessa floresta? Essas árvores altas podem estar cheias de criaturas horripilantes, devo sair de perto delas o mais rápido possível! Mas do que me adianta afastar dessas plantas gigantes se há essas crateras odiundas pelo chão? Valei-me, minha princesa, como queria sair dessa floresta! Floresta suja e imunda.Não consigo me lembrar de muita coisa. Nem de como vim parar aqui e muito menos de por quê estou aqui. Eca, essa lama mole pelas minhas patas brancas não me deixam me concentrar. E esses galhos se batendo uns nos outros não param de me chamar atenção. Sempre penso que pode haver alguma morcego, cobra, ou mesmo uma onça para me atacar! Pelo amor de Celestia, me ajude! Quero encontrar o caminho para fora desse mato assustador!"

Neste exemplo, o narrador-personagem demonstra o estado de pânico do personagem. Ele descreve o tempo todo que quer sair dessa floresta e o quanto está com medo de ficar sozinho dentro dela, a ponto de clamar por ajuda, mesmo que seja por ajuda de Celestia, sua princesa. O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações do personagem. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas. O tempo verbal(passado ou presente) na narração varia de autor para autor, fica ao seu conforto escolher.

Exemplo de narrador-observador:

Citar:

"Joe andava, cada vez mais, em busca de abrigo. Tudo que conseguia ver era a grande neblina em sua frente, que não permitia a visão de nada mais do que dez metros.Em sua face era possível notar o medo que sentia; estava sozinho, com frio e com fome. Não sabia onde estava e nem sabia se chegaria a algum lugar.Repetia aquele processo há horas; não sabia se estava andando em círculos ou se estava em algum campo aberto, mas estava prestes a desabar e desistir de tudo que buscava.Ouviu um barulho. Era o primeiro som que ouvira há horas e não era nada bom.Queria fugir, mas suas pernas não respondiam. Estava mais empacado do que um jegue.Sentia que o responsável por aquele barulho assustador estava cada vez mais perto.Era o fim?"

Neste exemplo há uma grande quantia de mistério e a narração serve bastante para ajudar o leitor a vivenciar a cena. Fazendo o leitor sentir a mesma dúvida e tensão que o personagem, mas de forma imparcial. O narrador-onisciente(comumente conhecido como "Narrador Deus"), varia o uso da 3ª Pessoa com 1ª pessoa, há momentos narrativos que descreve como 3ª, outros como 1ª. Esse narrador conhece todo o pensamento de todos os personagens, sabe onde tudo está acontecendo, como está acontecendo e por quê está acontecendo, além de conseguir mostrar coisas que os personagens não tem acesso, como uma armadilha mais a frente. Tem também o narrador que está lá em terceira pessoa e é mais como um personagem "invisível". Nesse caso o que você fará será a descrição de tudo o que os personagens estão vendo e, a depender da ocasião, nem de tudo assim. O tempo verbal(passado ou presente) na narração varia de autor para autor, fica ao seu conforto escolher.

Exemplo de "Narrador Deus":

Citar:

"Joe andava, cada vez mais, em busca de abrigo. Tudo que conseguia ver era a grande neblina em sua frente, que não permitia a visão de nada mais do que dez metros.Ele sentia medo, não sabia o que veria. Não sabia onde estava e nem sabia se dormiria em alguma cama naquela noite.Provavelmente o seu medo aumentaria se soubesse que estava indo em direção a uma aranha gigantesca, que não gosta nem um pouco de visitantes. Sua última alimentação aracnídea foi há algumas horas e estava bem disposta a comer corpos consideravelmente grandes e bem frescos, para azar de Joe.Ele também não sabia que, se resolvesse seguir a leste, encontraria um abrigo confortável e aquecido, em que seu dono é conhecido por ser bastante dócil.Aquele nevoeiro não passaria tão cedo também; se fosse morto naquela ocasião, dificilmente achariam seu corpo, se é que sobrasse alguma parte dele para contar história. Seria devorado rapidamente e sem muita chance de gritar, sendo que sua voz não seria ouvida por ninguém que pudesse ajudá-lo.E aquilo era o mais provável de acontecer."

Neste exemplo, o mistério é completamente anulado; o narrador é direto, retrata todo o arredor e o triste e provável futuro que Joe terá. Aí viria uma das possíveis perguntas: Qual é a narração certa, a correta?
Simples: Nenhuma delas.
Não existe "narração certa" e, sim, a adequada.

  • Descrição

Descrever é caracterizar alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.  No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os verbos de ligação(SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos adjetivos - aos seres caracterizados - representados pelos substantivos. 

Ex. O pássaro é azul.
1 - Caractarizado: "pássaro"
2 - Caracterizador ou característica: "azul"
O verbo que liga 1 com 2 : "é"

Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas do caracterizado).
Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva). 

A descrição vem junto com a narração e é de fundamental importância também. Assim como a narração e diálogos, o exagero também não é bem-vindo. Óbvio que muitos autores não iriam concordar com isso, como o próprio Tolkien, que escreve muito, mas leva três a cinco páginas para descrever o formato de uma montanha ou que tal personagem subiu a colina(!), mas aí é mais questão do público-alvo: a maioria das pessoas prefere uma descrição mais branda, do tipo que sirva o suficiente para identificar o que está lá; outros preferem um pouco mais que isso, mas sem exagero, com "enrolation" ou "Tolkienismo".
Apartir daqui dá para tirar a decisão final.

Mas o que podemos dizer de antemão é que a descrição é MUITO importante na/para história e esta só acontece se houver narração. Justamente, por conta disso, que o excesso de diálogos não é legal. O autor NUNCA deve usar o diálogo excessivo visando escapar da narração, até porque torna a leitura rápida (obrigatoriamente rápida) e confusa pois, se sabe o quê tais personagens falaram, mas não sabe quem está fazendo o quê, dando idéia que os personagens conversam um com o outro parados, sem se mexerem. O uso excessivo de diálogos se torna aceitável somente se as coisas estiverem acontecendo muito depressa, como uma perseguição ou qualquer coisa que contenha adrenalina. Mas, ainda assim, a narração prevalece, mesmo que seja apenas três ou cinco linhas de narração e/ou descrição.

  • Dinamicidade

"Dinamicidade" vem de "dinâmico", que se refere ao movimento, a energia, o troca-troca.

Quando você faz trocas de cenas para outras que estavam acontecendo no mesmo momento ou horas mais tarde depois do ocorrido, ocorre uma dinamicidade entre cenas e acontecimentos, deixando a história mais dinâmica, mais envolvente. Cortes temporais são ótimos para descanso do leitor E do escritor, pois não são todos que tem a capacidade de escrever um capítulo em uma sentada e o interrompimento de uma escrita aleatoriamente causa grandes chances de uma variação positiva na qualidade da escrita. Para o leitor, funcionam como um momento de pausa. Óbvio que toda divisão de capítulos traz isso naturalmente, mas, a depender do tamanho do capítulo, o leitor não consegue ler numa lapada só uma única cena ocorrendo, então os cortes servem bem para os intervalos, fazendo o leitor "acordar" de que há outras situações e revira-voltas ocorrendo neste exato momento da história. Além disso, funcionam bem para o passar de uma cena para outra quando o escritor termina de contar um momento importante para história e deixa o leitor *yay* da vida por ter passado para outra cena nada haver com a situação atual.

Um exemplo de cortes(temporais ou não) numa história é quando um personagem seu está conversando algo sério com um amigo. Ele, por exemplo, acabara de perder um emprego e se encontra arrasado para enfrentar situações difíceis financeiramente. Seu amigo está tentando consolá-lo com uma conversa amigável, que tudo dará certo e que ele tem pessoas que se preocupam com ele e que podem ajudá-lo. De repente, há um "corte na cena" onde a esposa do amigo está lavando os pratos na cozinha, se perguntando onde estará seu marido, imediatamente pensando que ele esteja no bar até tarde, enchendo a cara com os amigos e colegas de trabalho. Isso é dinamicidade, é a arte do troca-troca de cenas, de mostrar outros lados de uma situação ou visões diferentes entre personagens e o leitor.Outro exemplo de dinamicidade numa história, além de cortes temporais, são cenas que envolvem multíplos diálogos entre mais de um personagem, podendo ser uma conversa de três a seis personagens ao mesmo tempo.

Esse foi mais um Passo a Passo Fanfic's , essa é uma parte grandinha e importante , Beijos

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